4 de dezembro de 2016

Com Financiamento de Grandes Empresas e Bancos Nacionais e Internacionais, Manifestantes Verde-Amarelos Voltam às Ruas


Com o objetivo de fazer avançar para o próximo estágio o golpe de Estado, a direita pró-imperialista foi novamente às ruas neste domingo (04) em novo ato contra a “corrupção” e em favor da Operação Lava Jato, comandada pelo juiz federal da 4ª Região Sérgio Moro, um dos principais responsáveis pelo golpe que derrubou Dilma Rousseff (PT), levando ao poder o atual presidente Michel Temer (PMDB).
O ato ocorre em algumas cidades do país e a exemplo dos anteriores, foi convocado pela imprensa cartelizada de direita que o apresenta como uma manifestação “popular”, isto é, que representa os anseios e demandas do povo trabalhador brasileiro, quando, na verdade, constitui um segmento majoritariamente de classe média, classe média alta e, portanto, da própria burguesia, repleto de homens e mulheres brancos acompanhados das babás de seus filhos, empresários, militares, banqueiros, parlamentares direitistas com envolvimento até o fio dos cabelos em casos de corrupção, monarquistas, fundamentalistas, integralistas, entre outros segmentos reacionários hiperatrasados da sociedade que odeiam o país em que vivem, assim como o povo pobre e trabalhador que nele habita.
Os atos são financiados sabidamente por partidos da velha direita pró-imperialista, como o PSDB e DEM, bem como por grandes empresas e bancos nacionais e internacionais, grandes credores da dívida pública brasileira. Além da presença dos tradicionais partidos da direita, os manifestos também contam a presença de movimentos e grupos fascistas como Movimento Brasil Livre (MBL), Vem pra Rua – ligados a setores golpistas internacionais –, entre outros, mas com um objetivo em comum: atacar de maneira implacável a luta da classe trabalhadora, suas demandas e bandeiras de luta e ainda promover a propaganda entreguista das riquezas minerais como petróleo brasileiro, das empresas estatais que escaparam da privataria tucana quando dos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), atendendo as orientações diretas dos grandes monopólios capitalistas em crise que impulsionam esses movimentos para garantir a aplicação de um duríssimo plano de ajustes fiscais contra os trabalhadores em defesa dos seus lucros a qualquer custo.
Entre os grupos bizarros que participam da manifestação é difícil ignorar a presença da extrema direita representada por elementos nitidamente fascistas e saudosos da Ditadura Militar que “reivindicam” a “intervenção constitucional”, um eufemismo para a volta dos militares ao poder para “salvar” o país da corrupção e do “comunismo”, portanto, uma das muitas contradições absurdas de quem diz defender a “democracia” através do retorno da Ditadura, um período sombrio da história brasileira, profundamente marcado não apenas pela corrupção dos militares  – que não davam satisfações a ninguém – mas também por perseguições políticas, torturas e assassinatos de trabalhadores, estudantes e componentes de movimentos sociais que se opunham corajosamente ao regime autoritário financiado pelo imperialismo norte-americano.
Os atos convocados pela direita são um desdobramento da crise do modo de produção capitalista impulsionados pelos grandes monopólios em bancarrota como forma de garantir seus lucros e a consequente queda desse sistema de exploração marcado pela concentração de capital nas mãos de um punhado de exploradores. Nesse sentido, opor-se a essa tentativa de fazer com que os trabalhadores paguem pela crise não passa por outra coisa que não seja por sua mobilização independente contra o golpe e contra os golpistas que sempre agiram a mando do imperialismo que pressiona pela intensificação dos ataques contra os direitos e demandas da classe trabalhadora, o que a colocará novamente em movimento no próximo período.

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