Em Assembleia Geral Extraordinária realizada na manhã desta segunda-feira (26) no Centro de Convenções João Batista de Azevedo Picanço, a categoria de profissionais da educação da rede pública estadual amapaense aprovou acertadamente sua participação no Ato Nacional Unificado no próximo dia 29 e em favor da greve geral contra o governo do presidente Michel Temer (PMDB) e seu expediente anti-trabalhador recheado de pautas que atacam não apenas os direitos dos educadores, mas também de estudantes e da população, sobretudo através de medidas como a “reforma” do ensino médio, trabalhista e da previdência.
Durante as intervenções, era visível a revolta contra o pacote de medidas recentes do governo de Temer que se direciona contra o ensino público, sobretudo o da reforma do ensino médio que prevê o aumento da carga horária de trabalho para os profissionais da educação, assim como a extinção de diversas matérias obrigatórias – ainda que o governo tenha “recuado” temporariamente desta proposta – sem menor contrapartida para os professores e muito menos para os alunos, que, na prática se tornam alvo de um verdadeiro desmonte do ensino público em favor do ensino pago, o que em médio e longo prazo abre precedente, inclusive, para a demissão de professores das disciplinas extintas em face da alegação tradicional da crise.
Os educadores também denunciaram de maneira contundente as reformas trabalhista e previdenciária que submeterão a classe trabalhadora brasileira a uma viagem sem volta ao regime de escravidão já que arrochar salários, destruir férias, décimo terceiro, aumentar a carga horária de trabalho, assim como aumentar o tempo de contribuição para aposentadoria são pontos basilares das reformas previstas pelos projetos reacionários de Temer que visam fazer com os servidores, trabalhadores terceirizados e a população em seu conjunto paguem inteiramente a conta da crise crônica do grande capital através da retirada de direitos em todos os entes da federação com ataques que tentam, principalmente contra as suas condições de vida.
O ato nacional unificado é uma etapa preparatória extremamente importante para a greve geral que é, efetivamente, o principal instrumento da classe trabalhadora para barrar as ofensivas do governo de Temer, assim como de todos os governos inimigos da educação e dos trabalhadores que através de projetos como a PEC 241/2016, PLP 257/2015, PL 190/2015 e PL 4567/2016 planejam desferir um duro golpe contra o povo brasileiro através do desmonte do Estado via privatizações em larga escala das poucas empresas estatais restantes. Por sinal, a privatização do ensino público é parte integrante dessa grande ofensiva do governo “tucano” de Michel Temer.
Embora os eixos de luta sejam nacionais, as categorias em luta também levarão às ruas suas denúncias e pautas específicas de luta contra os governos locais, tal como o de Waldez Góes (PDT) e de Clécio Luís (REDE) que têm atacado sem piedade os servidores do estado e município respectivamente, evidenciando que suas gestões não possuem o menor grau de comprometimento com as demandas dos trabalhadores amapaenses.
O ato está marcado para o dia 29 (quinta-feira), às 16h00 na Praça Veiga Cabral e contará coma presença em massa de todas as categorias de trabalhadores do Amapá, de sindicatos, centrais sindicais, movimento estudantil e secundarista, movimentos sociais, partidos de esquerda, entre outros. Nesse sentido, para derrotar o plano reacionário de Michel Temer, dos governos inimigos dos trabalhadores e o golpe é preciso mobilizar-se e ir às ruas numa luta incessante pela construção da greve geral que é a única arma capaz de escorraçar a direita, os golpistas e garantir a manutenção, conquista e reconquista de direitos da classe trabalhadora.
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