Nesta quarta-feira (05), profissionais da educação amapaense irão novamente às ruas para protestar contra o descaso do governo de Waldez Góes (PDT) com a educação pública, contra sua política de ataques sistemáticos aos direitos e condições de vida desses profissionais e contra as reformas do governo golpista de Michel Temer (PMDB).
Trabalhadores de outras categorias, estudantes, centrais sindicais e movimentos sociais devem se juntar aos educadores na Praça da Bandeira numa frente de luta unificada contra os governos de Waldez e Temer que seguem implementando medidas que atacam frontalmente a classe trabalhadora, os estudantes e a população.
No caso de Waldez, há lista de ofensivas e golpes é longa e passa por parcelamentos salariais, calotes, demissões, destruição dos serviços públicos, perseguição política à luta dos servidores, entre muitas outras. Em relação a Michel Temer, sua própria ocupação do cargo é um ataque aos trabalhadores justamente em razão do golpe que o levou ao poder. Isso sem mencionar as incontáveis medidas que têm se sucedido sob a forma de Projetos de Emenda Constitucional (PEC), Projetos de Lei (PL) e Medidas Provisórias (MP) que fecham o cerco para os resquícios de direitos dos trabalhadores.
Um exemplo claro da política antioperária que Temer pretende implementar a qualquer custo é a PEC 241/2016, conhecida como “PEC do teto”, que trata do congelamento de gastos com políticas públicas, principalmente saúde e educação, pelos próximos 20 anos. Nesse mesmo viés, há PL 257/2016 que versa sobre o pagamento das dívidas dos estados e municípios sob duríssimas condições para os servidores que, efetivamente pagam a conta da crise através de arrocho em seus salários, fim de gratificações, aumento do percentual de contribuição previdenciária e até mesmo com demissões.
Há de se ter em conta outros projetos que não deixam pedra sobre pedra em relação aos direitos dos trabalhadores, tal como a reforma trabalhista e da previdência que submetem a classe trabalhadora a uma jornada de pelo menos 12h, sem férias, 13º salário e, na pior das hipóteses, até mesmo sem aposentadoria já que, na prática, o trabalhador se vê obrigado a trabalhar até a morte com o aumento do tempo de contribuição para a aposentadoria.
As medidas reacionárias do governo golpista não param por aí, já que uma de suas recentes reformas atinge diretamente o Ensino Médio com a exclusão via Medida Provisória de diversas matérias obrigatórias do currículo padrão, tal como Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física que, embora tenham sido reabilitadas novamente como sendo obrigatórias através de manobra ante a imediata rejeição de estudantes e professores, serão novamente alvo de exclusão pelo governo em face da estratégia de entrega do ensino público aos capitalistas mercadores do direito à educação.
Como se pode ver, motivos para uma paralisação e, principalmente uma greve, não faltam aos educadores, aos trabalhadores dos mais diversos segmentos justamente porque são, no jogo da burguesia e dos grandes monopólios capitalistas, o alvo a ser pressionado ao inteiro pagamento da crise econômica sob as mais diversas formas.
Assim, é preciso reagir a todos esses ataques contra o conjunto dos trabalhadores indo às ruas em massa em favor da construção imediata da greve geral para derrotar o golpe e a política de terra arrasada levada a cabo não apenas pelos golpistas, mas também pelos governos burgueses de estados, distrito e municípios que se encontram alinhados com o plano de fazer com os trabalhadores paguem pela crise do modo capitalista de produção.
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