A combativa categoria de bancários completou nesta terça-feira (04) 29 dias de greve nacional com 13.104 agências e 44 centros administrativos paralisados, representando um percentual de 55% das agências bancárias do país que aderiram à mobilização.
Com a acertada radicalização do movimento de luta dos bancários, a imprensa já começa também a intensificar sua campanha diária de desmoralização e calúnias contra a luta da categoria e em favor dos banqueiros que só primeiro semestre deste ano já lucraram R$ 30 bilhões e mesmo assim oferecem um reajuste miserável de 7%, o que não cobre sequer o atual índice de inflação que se encontra na casa dos 9.62%, num claro deboche das instituições que independentemente de crise econômica sempre mantêm ganhos elevadíssimos.
Como se não bastasse o deboche dos banqueiros para com os trabalhadores, os “donos” do lucro ainda se utilizam de diversos meios para reprimir a mobilização da categoria, principalmente através da Polícia Militar que tem atacado de maneira covarde o movimento de greve, confiscando faixas, cartazes e outros materiais de agitação dos trabalhadores e, no pior dos casos, agredindo fisicamente os manifestantes, evidenciando que o direito de greve já não existe mais.
No contexto do golpe de Estado, a direita não se intimida em atacar as lutas dos trabalhadores, seus direitos e organizações da maneira mais descarada exatamente porque tem o amplo domínio do regime e utiliza isso em favor dos seus próprios interesses e um dos principais é manter a superexploração não apenas sobre os bancários, mas sobre todo o conjunto dos trabalhadores e da população.
Desse modo, não pode haver ilusões nas instituições públicas sobre a garantia de direitos dos trabalhadores e suas demandas que só serão devidamente atendidas com a radicalização do movimento nas ruas contra a ditadura dos banqueiros que parasitam de todas as formas não apenas o produto do trabalho da categoria, mas de todo o povo através de tarifas, juros e diversos dispositivos “legais” de roubo institucionalizado.
Nesse sentido, é preciso denunciar amplamente as ofensivas dos banqueiros contra a campanha salarial da categoria, paralisando todas as agências como forma de intensificar o movimento, levantando também a bandeira da estatização de todo o sistema financeiro sob o controle dos trabalhadores para por fim a ditadura dos bancos e sua exploração sobre a classe trabalhadora e o povo.
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