24 de setembro de 2016

Mesmo com Super Lucros, Banqueiros se Recusam a Negociar e Greve Nacional dos Bancários Chega ao 18º Dia


Sem perspectivas para novas rodadas de negociação, os bancários mantêm a greve nacional que chegou nesta sexta-feira (23) ao 18º dia com 13.340 agências paralisadas, além de 40 centros administrativos com serviços igualmente suspensos, totalizando 57% das agências bancárias de todo o país.
A categoria denuncia a ameaça dos banqueiros contra sua mobilização que têm se utilizado, em muitos casos, da Polícia Militar para reprimir com brutalidade a luta dos trabalhadores em defesa da sua campanha salarial claramente com objetivo de enfraquecer esse movimento. No entanto, o resultado tem sido justamente o oposto já que quanto mais reprimem a luta, mais adesão e resistência a greve adquire. Também tem sido denunciado durante a greve os juros criminosos praticados pelos bancos, seu lucros obscenos e a negativa de reajuste nos salários dos trabalhadores.
Há de ter em conta que apenas no primeiro trimestre de 2016 os cinco maiores bancos do país (Bradesco, Itaú-Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) totalizou R$ 13,1 bilhões, evidenciando que mesmo em período de grave crise econômica do capital essas instituições continuam a ser as que mais lucram não apenas no Brasil, mas no mundo todo e mesmo assim, apesar dos ganhos inegáveis, os banqueiros continuam a fazer o jogo da crise contra os bancários, negando até mesmo suas pautas mais básicas.
A categoria reivindica reajuste salarial com reposição da inflação de 9,62% mais 5% de aumento real, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 8.317,90, Piso salarial de R$ 3.940,24, reajustes de vale-alimentação e vale-refeição, 13ª cesta, melhores condições de trabalho, fim das demissões, mais contratações via concursos públicos, fim da rotatividade e da terceirização, entre muitos outras.
O Comando Nacional dos Bancários entregou a pauta de reivindicações aos banqueiros no último dia 09, mas até o momento não recebeu qualquer resposta, o que não é outra coisa que não uma provocação dos “donos” do lucro ante a ampliação e fortalecimento da greve em todo o país a cada dia.
Dessa forma, para derrotar a intransigência dos banqueiros, é preciso paralisar os serviços de todas as agências do país, pois absolutamente nenhuma reivindicação será tendida se não for através da luta organizada e radicalizada da categoria nas ruas, sendo essa a única linguagem que os patrões entendem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário